DEFINIÇÃO:
Todos os seres vivos que conhecemos habitam a camada de algumas dezenas de quilômetros, que circunda a terra, denominada biosfera. Como conseqüência disto, nenhum organismo vivo permanece completamente isolado, mas interage com outros, pertencentes ou não a mesma espécie. As diversas formas como os seres interagem entre si são denominadas Relações Ecológicas ou Interações Biológicas.
INTRODUÇÃO:
Os organismos dependem de diversos recursos para seu
desenvolvimento, sobrevivência e reprodução. As maneiras como os seres vivos se
relacionam uns com os outros está altamente ligada a este fato, pois todos
habitam o mesmo planeta, com recursos finitos, e interagem entre si nas
diferentes maneiras de obter estes recursos. Assim, alguns organismos se
relacionam por buscarem os mesmos recursos e competir por estes enquanto outros
se ajudam mutuamente obtendo maior quantidade de recursos para ambos; alguns se
aproveitam dos recursos captados por outros seres vivos, economizando sua
própria energia, enquanto outros fazem dos demais organismos os recursos
necessários. Enfim, diversas são as formas de relacionamento entre os seres
vivos, mas a maior parte delas está relacionada à maneira destes seres obterem
os recursos que necessitam para sobreviver.
As relações ecológicas são classificadas como harmônicas ou desarmônicas. As relações harmônicas são aquelas em que não há
prejuízo para nenhum dos organismos envolvidos. Já as desarmônicas são àquelas
em que uma ou ambas as partes envolvidas sofrem prejuízos na interação. É
importante salientar que quando falamos em prejuízo nas relações desarmônicas
nos referimos a prejuízos individuais. Muitas vezes a população e,
principalmente, a comunidade como um todo é beneficiada. Estas relações são
essenciais na manutenção do equilíbrio de um ecossistema.
Outra importante característica para a classificação das
relações ecológicas é a intra/inter-especificidade. Interações intra-específicas são aquelas que
envolvem organismos da mesma espécie, enquanto as inter-específicas são aquelas que ocorrem entre indivíduos de
espécies diferentes.
Neste post usarei os dois modos de classificação,
apresentando os grupos de interações na seguinte ordem: harmônicas
intra-específicas, harmônicas inter-específicas, desarmônicas intra-específicas
e desarmônicas inter-específicas. Obviamente, existe um número enorme de
relações ecológicas e cada uma delas pode ser dividas em subtipos. Adiante
explicarei aquelas que são mais importantes e fazem parte do conteúdo de
Ecologia do Ensino Médio. Para facilitar a compreensão utilizarei os seguintes
símbolos:
(+/+) - Relações
ecológicas nas quais ambas as partes são beneficiadas.
(+/-) - Relações
ecológicas nas quais uma parte é beneficiada enquanto outra sofre prejuízo.
(+/0) - Relações
ecológicas nas quais uma parte é beneficiada enquanto outra não é, nem
beneficiada, nem prejudicada.
(-/-) - Relações
ecológicas nas quais ambas as partes são prejudicadas.
RELAÇÕES HARMÔNICAS INTRA-ESPECÍFICAS:
Sociedade
(+/+):
A sociedade é um tipo de relação intra-específica na qual
os indivíduos se agrupam obtendo vantagens para o grupo como um todo. É comum,
dentro de sociedade, que haja divisão do trabalho e especialização de
indivíduos em funções determinadas. Num formigueiro de formigas sociais, por
exemplo, alguns indivíduos são especializados em cortar folhas, outros em
proteger o formigueiro, outros em alimentar as larvas e outros em se reproduzir
(rainhas). Nas sociedades, os indivíduos não estão conectados anatomicamente ou
fisiologicamente, podendo ser isolados sem danos físicos. Porém, a dependência
destes para o seu grupo pode ser tão grande, que o isolamento leva a morte por
incapacidade dos indivíduos de se alimentarem ou se protegerem quando sós.
Sociedades
em que os indivíduos apresentam diferenças genéticas e morfológicas adaptadas
às suas funções são denominadas heteromorfas,
já as sociedades em que isso não ocorre são chamadas isomorfas.
Exemplos:
Sociedade
Heteromorfa: Diversos
insetos apresentam hábitos sociais com forte divisão de funções e na maioria
das vezes, acompanhada de diferenças morfológicas entre os indivíduos.
Geralmente, os formigueiros apresentam formigas operárias, soldados e rainhas;
cada uma delas com morfologia especializada à sua função: as operárias possuem
mandíbulas apropriadas ao corte de folhas, os soldados são maiores e com
mandíbulas prontas a defender o formigueiro e as rainhas são ainda maiores e as
únicas formigas capazes de se reproduzir na sociedade. Semelhantemente ocorre
em sociedades de cupins, abelhas, marimbondos, etc...
Formigas de uma sociedade heteromorfa. |
Sociedade
Isomorfa: Varias
espécies de peixes, aves e mamíferos também formam sociedades. Nestes casos,
geralmente não há diferenças genéticas e morfológicas entre os indivíduos de
diferentes funções. Os primatas, geralmente, formam sociedades, mas a definição
das funções ocorre através de outros meios, tais como disputas físicas, e não
por mecanismos puramente genéticos. O próprio homem é um exemplo de animal que
forma sociedades isomorfas.
Colônia
(+/+):
Assim como as
sociedades, são relações intra-específicas em que há o benefício de todas as
partes envolvidas. A grande diferença desta relação para a sociedade é que nas
colônias os indivíduos apresentam conexão anatômica e fisiológica, ou seja,
estão estruturalmente ligados e são extremamente dependentes, uns dos outros.
Dentro das colônias pode ou não haver separação de
funções entre os indivíduos, e assim como as sociedades, as colônias podem ser
isomorfas ou heteromorfas. Isomorfas quando todos os indivíduos são
morfologicamente semelhantes e heteromorfas quando estes apresentam adaptações
anatômicas que definem sua função no grupo.
Exemplos: colônias de cnidários que formam os corais;
colônias de esponjas; a surpreendente caravela
que, a primeira vista parece um indivíduo somente, porém é uma colônia
heteromorfa formada por celenterados; colônias isomorfas de protozoários ou de
bactérias; etc...
RELAÇÕES HARMÔNICAS INTER-ESPECÍFICAS:
Mutualismo
(+/+):
O mutualismo é
uma relação inter-específica em que indivíduos de espécies diferentes
apresentam forte dependência entre si. Estes organismos se encontram associados
anatomicamente e/ou fisiologicamente, de maneira que não podem sobreviver
quando separados. As vantagens que os indivíduos obtém com o mutualismo podem
ser, desde alimentação (mais comum) à defesa contra predadores. Alguns exemplos
de mutualismo são extremamente importantes para o estudo da ecologia dos
ecossistemas, tais como os liquens, as micorrizas, e os microorganismos
presentes em animais ruminantes.
O termo simbiose
é tratado como sinônimo de mutualismo na maioria dos materiais didáticos
voltados a estudantes do Ensino Médio.
Exemplos importantes:
· 1) Algas e Fungos: Formam as estruturas
denominadas liquens, e o grau de
união entre os indivíduos é tão grande, que muitas vezes o produto desta
interação é tratado como um só organismo. As algas são seres autótrofos,
enquanto os fungos são heterótrofos. Nesta interação os fungos são beneficiados
pela produção de matéria orgânica realizada pelas algas através da
fotossíntese, estas, por sua vez, são beneficiadas pela manutenção de um
ambiente úmido, protegido e rico em sais minerais, ideal para a sua
sobrevivência e reprodução. As vantagens obtidas são tão grandes que permitem a
sobrevivência de liquens em locais que dificilmente seriam colonizados por
algas e fungos não mutualistas.
· 2) Fungos e Vegetais: Algumas espécies de
plantas realizam uma associação com fungos nas regiões de suas raízes,
denominada micorriza. As plantas
envolvidas nesta interação são beneficiadas por um aumento na absorção de água
e nutrientes provocado pela ação dos fungos; já os fungos recebem nutrientes
produzidos pelas plantas através da fotossíntese.
· 3) Plantas leguminosas e bactérias: As plantas
são incapazes de fixar o nitrogênio da atmosfera sozinhas. Este elemento é
extremamente importante e sua escassez pode provocar a morte destas plantas. As
plantas leguminosas realizam uma relação de mutualismo com bactérias capazes de
realizarem a fixação do nitrogênio. Com essa associação, as leguminosas passam
a dispor do nitrogênio necessário às suas funções, e as bactérias se beneficiam
de uma proteção contra o oxigênio atmosférico, já que este pode ser
extremamente tóxico à estes microorganismos.
· 4) Mamíferos herbívoros e microorganismos
capazes de digerir celulose: Embora os mamíferos herbívoros se alimentem de
vegetais, eles são totalmente incapazes de digerir celulose sozinhos. Para
realizar a digestão, eles “cultivam” grande quantidade de microorganismos
dentro de seu trato digestivo. São estes microorganismos que possibilitam aos
herbívoros retirarem a energia necessária à sua sobrevivência dos vegetais
ingeridos. Em “troca”, os microorganismos recebem nutrientes, proteção e
ambiente propício à sua sobrevivência.
Mutualismo entre herbívoro e bactérias que digerem celulose. |
Protocooperação
(+/+):
Nesta relação,
indivíduos de espécies diferentes interagem de maneira que ambos são
beneficiados. A diferença entre esta interação e o mutualismo é que na
protocooperação os indivíduos não estão ligados anatomicamente ou
fisiologicamente, sendo menos dependentes e podendo sobreviver separados uns
dos outros.
Exemplos:
Um caso bem conhecido de protocooperação é a relação entre um tipo de crustáceo
chamado paguro e a anêmona-do-mar. As anêmonas são animais urticantes, e podem
causar graves queimaduras caso tocadas. Os paguros frequentemente carregam
anêmonas sobre conchas de moluscos que eles utilizam como abrigos, o que lhes
dá maior proteção contra predadores, pois estes evitam se aproximar das
anêmonas. Já as anêmonas se beneficiam do deslocamento garantido pelo paguro,
já que são animais fixos, incapazes de deslocarem sozinhas.
Comensalismo
(+/0):
A palavra comensal significa literalmente companheiro de alimentação. Assim, o
termo comensalismo surgiu representando a interação de seres vivos que se
beneficiam dos restos alimentares de outros, sem causar prejuízo ou benefício a
estes. Atualmente, no entanto, boa parte dos autores considera que todas as
relações ecológicas que resultam no benefício de apenas uma parte sem prejuízo
para outra deve ser considerada comensalismo, mesmo que o benefício não seja
consumir os restos alimentares e outro organismo. Neste material farei
separação destes últimos casos em Inquilinismo,
Epibiotismo e Forésia, deixo, porém o alerta de que em outros materiais didáticos
estes podem estar incluídos dentro do conceito de comensalismo.
Exemplos: As hienas são classicamente citadas como
comensais, pois se alimentam dos restos de presas abatidas por leões, no
entanto, em determinadas situações elas podem atacar os leões, causando
prejuízos a estes e não agindo como comensais nestes casos; urubus e animais
carniceiros em geral; Entamoeba coli:
um protozoário que se alimenta no intestino humano de restos alimentares
digeridos.
Inquilinismo
(+/0):
A relação
ecológica realizada por seres que vivem dentro de outros sem, no entanto,
trazer qualquer prejuízo ou benefício para o hospedeiro. O inquilino em geral
se beneficia da proteção conferida pelo corpo do hospedeiro.
Exemplo:
O peixe agulha possui o hábito de se abrigar dentro do tubo digestivo de
pepinos-do-mar quando percebe que está em perigo, sem provocar danos aos
hospedeiros.
Epibiotismo
(+/0):
Nesta interação
seres vivos utilizam outros como suporte e habitat. Este modo de vida é muito
comum entre plantas de florestas que crescem sobre o tronco de árvores maiores,
se beneficiando da maior disponibilidade de luz. Quando ocorre em plantas é
chamado de epifitismo.
Exemplos: Orquídeas e bromélias epífitas que crescem
sobre o tronco de árvores.
Forésia
(+/0):
É a interação em
que um organismo utiliza outro como meio de locomoção, sem trazer prejuízo ou
benefício a este.
Exemplos: O mosquito da dengue (Aedes aegypti) carrega o vírus da Dengue sem sofrer nenhum
malefício nesta relação; a rêmora que se prende a tubarões.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS INTRA-ESPECÍFICAS:
Competição
Intra-específica (-/-):
A competição é o tipo de interação que ocorre quando dois ou mais organismos necessitam de um mesmo recurso cuja quantidade é limitada. Quando estes organismos pertencem à mesma espécie esta é denominada intra-específica. Esta interação resulta em prejuízo para ambas as partes porque dificulta a obtenção dos recursos, já que estes precisam ser “disputados” pelos competidores.
Tudo
àquilo que é utilizado pelos seres vivos e possui quantidade limitada pode ser
alvo de competição, por exemplo: o território e a água para a maioria dos
organismos, os sais minerais do solo para as plantas, as presas para os
predadores, as plantas para os herbívoros, as nossas células para os vírus que
nos infectam, etc... Essa relação ecológica é muito importante no estudo das
populações, pois influencia fortemente a ecologia destas.
Um
tipo muito interessante de competição intra-específica é a competição sexual.
Nos mamíferos essa interação é muito comum e, geralmente, os machos disputam as
fêmeas, através de rituais de acasalamento ou de enfrentamentos violentos.
Nestes casos as fêmeas são o recurso alvo da competição intra-específica.
É
importante destacar que só ocorre essa interação em recursos de quantidade
limitada. Dessa forma, não existe competição por água salgada no oceano, pois a
quantidade desta é mais do que o suficiente para as necessidades de todos os
seres marinhos; no entanto, pode existir competição por luz em uma floresta, já
que as árvores mais altas tampam a passagem da luz impedindo seu acesso por
outras plantas menores.
Canibalismo (+/-):
O canibalismo é uma relação de predação intra-específica. Ocorre quando um organismo mata e se alimenta de outro da mesma espécie. Esta interação é extremamente comum em algumas espécies, enquanto, em outras pode ocorrer somente em situações especiais, tais como escassez de alimento ou superpopulação. Em algumas espécies ocorre o canibalismo dos indivíduos menores ou doentes pelos maiores ou sadios.
Um exemplo famoso dessa interação é o que ocorre na espécie de aranha popularmente chamada de Viúva Negra. Nesta espécie, após o acasalamento, é comum a aranha fêmea (que possui um tamanho muito maior do que o macho) se alimentar do macho, sendo este o motivo do nome popular desta aranha. Ao se alimentar do macho a aranha obtém nutrientes que serão importantes no desenvolvimento dos filhotes que serão gerados.
O canibalismo é uma relação de predação intra-específica. Ocorre quando um organismo mata e se alimenta de outro da mesma espécie. Esta interação é extremamente comum em algumas espécies, enquanto, em outras pode ocorrer somente em situações especiais, tais como escassez de alimento ou superpopulação. Em algumas espécies ocorre o canibalismo dos indivíduos menores ou doentes pelos maiores ou sadios.
Um exemplo famoso dessa interação é o que ocorre na espécie de aranha popularmente chamada de Viúva Negra. Nesta espécie, após o acasalamento, é comum a aranha fêmea (que possui um tamanho muito maior do que o macho) se alimentar do macho, sendo este o motivo do nome popular desta aranha. Ao se alimentar do macho a aranha obtém nutrientes que serão importantes no desenvolvimento dos filhotes que serão gerados.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS INTER-ESPECÍFICAS:
Competição Inter-específica (-/-):
Como explicado
no tópico “Competição Intra-específica”,
a competição é o tipo de interação que ocorre quando dois ou mais organismos
necessitam de um mesmo recurso cuja quantidade é limitada. A única diferença
neste caso é que os organismos competidores pertencem a espécies diferentes. A
competição, provavelmente é a interação mais comum e que mais influencia na
ecologia e evolução dos seres vivos, seja ela intra ou inter-específica.
Em uma floresta tropical, por exemplo, os indivíduos das
várias espécies de árvores da comunidade competem pela água e os sais minerais
do solo, pelo solo aonde vão se desenvolver, pelo gás carbônico necessário para
realizarem fotossíntese, pela luz solar, pelo espaço que suas copas ocuparão e,
em alguns casos, até mesmo pelos animais que polinizarão e dispersarão suas
sementes.
Plantas de uma comunidade competindo por Luz Solar e, Água e Sais Minerais do solo. |
Amensalismo ou
Antibiose (+/-):
O amensalismo é uma relação desarmônica em que organismos
de uma espécie secretam ou expelem substâncias que impedem o desenvolvimento e
a sobrevivência de outros seres vivos. Os seres vivos que utilizam esta
estratégia se beneficiam por impedirem que outros organismos realizem
competição com eles pelos recursos disponíveis no local.
Um importante exemplo desta relação é a produção e
liberação de antibióticos por fungos. Estes antibióticos impedem a proliferação
de bactérias que poderiam ser prejudiciais a estes indivíduos. Estas
substâncias são altamente utilizadas pelos seres humanos como remédios ou
esterilizantes por provocar a morte de várias espécies de bactérias causadoras
de doenças. Outro caso famoso de amensalismo é a liberação de substâncias
tóxicas no solo pelos Eucaliptos, inibindo o desenvolvimento de outras plantas
ao redor destes indivíduos.
Predação (+/-):
A predação é a
relação ecológica em que um ser vivo mata e consome outro, obtendo assim os
nutrientes necessários para sua sobrevivência e reprodução. Quando ocorre entre
organismos da mesma espécie é denominado Canibalismo,
porém é mais comum entre organismos de espécies diferentes. No predatismo um
organismo faz do outro o recurso alimentar necessário.
Quando falamos em predadores, na maioria das vezes
pensamos em grandes carnívoros como as onças, tigres, lobos e ursos, porém o
predatismo é comum até mesmo entre seres microscópicos. O Brasil possui uma
enorme variedade de peixes predadores (tucunaré, piranha, tubarão), aves
predadoras (corujas, gaviões, dezenas de espécies de aves que se alimentam de
insetos), répteis predadores (lagartixas, jacarés, calangos), insetos
predadores (libélulas, louva-deus) e até mesmo plantas predadoras (as famosas
plantas carnívoras que geralmente predam insetos).
Aranha predadora de insetos e outros pequenos animais. |
Herbivoria (+/-):
Muitos autores
tratam a herbivoria como um tipo de predatismo, no entanto, dado sua
importância e suas características específicas preferi explicá-la como relação
ecológica separada
É a interação em que um ser vivo consumidor se alimenta de uma planta (produtor). Geralmente, o herbívoro não consome completamente o produtor, somente partes de seu organismo, no entanto o excesso de herbivoria frequentemente provoca a morte de plantas.Os herbívoros estão presentes virtualmente em todos os ambientes sendo fundamentais para os ecossistemas. Esta interação influencia fortemente a evolução das plantas já que estas, muitas vezes, desenvolveram defesas para evitar a herbivoria. Alguns exemplos de seres herbívoros são os bois, veados e a anta (maior herbívoro brasileiro); gafanhotos, lagartas (larvas de borboletas) e muitos outros insetos; várias espécies de aves; e a preguiça.
É a interação em que um ser vivo consumidor se alimenta de uma planta (produtor). Geralmente, o herbívoro não consome completamente o produtor, somente partes de seu organismo, no entanto o excesso de herbivoria frequentemente provoca a morte de plantas.Os herbívoros estão presentes virtualmente em todos os ambientes sendo fundamentais para os ecossistemas. Esta interação influencia fortemente a evolução das plantas já que estas, muitas vezes, desenvolveram defesas para evitar a herbivoria. Alguns exemplos de seres herbívoros são os bois, veados e a anta (maior herbívoro brasileiro); gafanhotos, lagartas (larvas de borboletas) e muitos outros insetos; várias espécies de aves; e a preguiça.
Parasitismo (+/-):
Nesta
relação ecológica um organismo (parasita) se instala no organismo de outro
(hospedeiro), e deste retira os nutrientes necessários à sua sobrevivência e
reprodução. Os parasitas, geralmente, não causam a morte imediata de seus
hospedeiros, mas a longo prazo podem provocar grandes alterações morfológicas e
fisiológicas, podendo assim levá-los a morte.
Os
parasitas são altamente dependentes dos hospedeiros e a morte deste geralmente
resulta na morte daquele, por isso não é vantajoso para o parasita que o
hospedeiro morra rapidamente, mas sim que viva e realize a dispersão do
parasita. No entanto, alguns parasitas provocam altos índices de mortalidade,
geralmente em situações específicas, tais como a superpopulação destes
indivíduos dentro um mesmo hospedeiro. O parasitismo é um dos fatores mais
fortes que influenciam a ecoligia e evolução dos seres vivos.
Os
parasitas são classificados como: Ectoparasitas,
Endoparasitas e Parasitas Intracelulares de acordo com sua localização no corpo do
hospedeiro.
Ectoparasitas: parasitas que vivem e se alimentam no exterior do organismo hospedeiro, tais como carrapatos, sanguessugas, piolhos, ervas-de-passarinho (planta parasita).
Endoparasitas: parasitas que vivem e se alimentam no interior do organismo hospedeiro, tais como a maioria dos vermes parasitas, bactérias patogênicas (causadoras de doenças), protozoários e bichos-de-pé.
Parasitas Intracelulares: parasitas que reproduzem dentro das células de outro organismo, tais como os vírus e alguns protozoários.
Endoparasitas: parasitas que vivem e se alimentam no interior do organismo hospedeiro, tais como a maioria dos vermes parasitas, bactérias patogênicas (causadoras de doenças), protozoários e bichos-de-pé.
Parasitas Intracelulares: parasitas que reproduzem dentro das células de outro organismo, tais como os vírus e alguns protozoários.
Esclavagismo (+/-):
É
um tipo de interação em que um ser vivo se aproveita da atividade e de produtos
produzidos por outro ser vivo, e geralmente se estabelece de maneira forçada
por um organismo mais forte sobre outros mais vulneráveis. Em alguns casos pode
trazer benefícios a ambos os lados, pois o organismo mais “forte” pode oferecer
proteção ao mais fraco, porém, mesmo nestes casos é considerada desarmônica
pela maioria dos autores por ser imposta forçadamente.
O
exemplo mais famoso é o de formigas que se alimentam de uma substância
produzida por pulgões. Os pulgões se alimentam da seiva de plantas e liberam
uma substância rica em açucares, extremamente atraentes as formigas. Nesta
interação as formigas oferecem proteção contra predadores aos pulgões, porém
limitam sua movimentação, impedindo-os de deixarem a área “controlada” pelas
formigas.
A
interação que os seres humanos realizam com animais domesticados para a
alimentação é considerada por muitos autores um exemplo de esclavagismo, já que
nós garantimos a alimentação e reprodução destes organismos e nos beneficiamos
da carne e outros produtos produzidos pelos mesmos.
Rafael Pinheiro - Biologia no Ensino Médio (www.bionoem.blogspot.com)
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